As ondas schumpeterianas da inovação: entenda o que são!

As ondas schumpeterianas tratam de um assunto que todos deveriam conhecer. Apesar de ser uma teoria pouco comentada no dia a dia, ela é muito interessante e pode ajudar a compreender como a economia se comporta.

A tese foi criada por Joseph Schumpeter, considerado um grande economista e pensador do século XX. Quer saber mais sobre elas?

Acompanhe a leitura, entenda o que são as ondas schumpeterianas e veja por que esse estudo é intrigante!

Quem foi Joseph Schumpeter?

Antes de conhecer a teoria do desenvolvimento econômico de Schumpeter, é importante entender um pouco sobre o criador dela.

Joseph Alois Schumpeter foi um economista e cientista político. Nasceu na Áustria, em 1883 e faleceu em 1950, nos Estados Unidos. Ele é considerado um dos mais importantes economistas da primeira metade do século XX e um dos pioneiros em considerar as inovações tecnológicas como um fator decisivo para o desenvolvimento do capitalismo.

Dentre as diversas contribuições dele, a teoria dos ciclos foi uma das mais marcantes, sendo estudada até hoje para compreender o comportamento econômico.

Entenda melhor a seguir!

O que são as ondas schumpeterianas da inovação?

A teoria sobre os ciclos econômicos de Schumpeter surgiu a partir do estudo das ondas de Kondratiev, elaborada por Nicolai Kondratiev. Conheça suas principais teses:

O boom econômico e a inovação

Conforme Schumpeter, o primeiro Kondratiev analisado por ele se referia à Revolução Industrial, datando esse momento dos anos oitenta do século XVIII até 1842. O segundo cobria a era das máquinas a vapor e do aço, sendo de 1842 até 1897.

O terceiro momento foi o da eletricidade, da química e dos motores, que ocorreu de 1898 em diante em suas análises.

Em 1997, o economista explicou que, nas descobertas obtidas, ficou estabelecido que crises ocorrem de qualquer maneira, sendo componentes regulares de um movimento em forma de onda que alterna períodos de prosperidade e depressão. Essa característica permeia a vida econômica desde o início do capitalismo.

Assim, o entendimento schumpeteriano é que o boom econômico se relaciona com o fato de que o empresário inovador desenvolve novos produtos, serviços ou processos e é seguido por diversos imitadores, os empreendedores plagiadores, que investem recursos tentando copiar o que foi elaborado pelo primeiro.

Dessa foram, uma onda de investimentos movimenta e faz crescer a economia, resultando em bonança, elevando indicadores econômicos e aumentando a taxa de emprego.

A importância do empreendedor inovador e dos copiadores

Dando sequência à análise, Schumpeter demonstra que os primeiros líderes são eficientes e ajudam o número de empreendedores ampliar ainda mais, impulsionando o sistema econômico de forma rápida.

Os efeitos da presença do inovador e dos imitadores na atividade econômica são enfatizados pelo economista, que explica que o incremento de capital é essencial para o boom. Isso porque as indústrias produtoras são as primeiras a demonstrar resultados acima do normal.

Alega também que o aparecimento de um poder de compra em grande volume aumenta os preços durante esses momentos.

Por fim, essas consequências resultam em diminuição do desemprego, elevação dos salários, aumento dos juros, dentre outras. Ou seja, a causa fundamental do boom é o surgimento dos empreendedores em grupos.

Destruição criativa

Pela visão schumpeteriana, a destruição criativa está na essência do capitalismo. As novas tecnologias surgem como ondas, de forma aleatória e acompanhada do aumento da produtividade do trabalho.

Esse cenário ocorre quando empreendedores inovadores conseguem lançar produtos no mercado com vantagens competitivas e de maneira diferenciada em relação aos concorrentes tecnologicamente defasados.

No início do boom econômico, os custos crescem nas empresas antigas, reduzindo suas receitas. Isso ocorre primeiro naquelas que concorrem com as novas soluções tecnológicas, depois em todas as companhias antigas, conforme a demanda dos consumidores se altera em favor da inovação.

O surgimento de novos empreendedores em massa sobre as companhias antigas e sobre a situação econômica estabelecida obriga um processo de adaptação por parte das que já estão no mercado.

Sendo assim, a inovação não surge a partir do ultrapassado, mas ao lado deste, eliminando-o do mercado.

Assim, a presença dos novos empreendedores – inovadores e imitadores – contribui para o início do ciclo e formação do boom de crescimento econômico em um primeiro momento. No entanto, reduzem as taxas de lucro em um segundo momento.

E é nesse segundo ponto que se inicia a fase recessiva, com retração de investimentos, falências e queda nas contratações. Como resultado, ocorre a alternância entre os ciclos econômicos de prosperidade e recessão.

As falências e o período de recessão

No segundo momento, as empresas tecnologicamente defasadas que não conseguem se adaptar às novas tecnologias, tornam-se obsoletas e fecham as portas. Conforme as inovações se tornam comuns para o mercado, os lucros param, os investimentos diminuem e o período de recessão começa.

Conforme Schumpeter, o boom leva muitas empresas a funcionar com prejuízos, causando uma queda nos preços e provocando uma deflação. E ocorre, assim, contratação de crédito por parte delas.

Tendo queda na demanda de produção, caem também a taxa de emprego e os juros. Com a queda da renda da população, a demanda por diversas mercadorias despenca e o processo terá penetrado em todo o sistema econômico. Assim, o quadro de depressão está completo.

Por um lado, o período de crescimento econômico – o boom – traz elementos que provocam uma ruptura no padrão tecnológico vigente, tornando empresas e segmentos ultrapassados, ocasionando a recessão.

Por outro lado, as novas ondas de inovações surgem e tiram os velhos paradigmas do padrão tecnológico, iniciando um novo ciclo de prosperidade.

Essa contradição diz que, as mesmas forças que criam o boom são as mesmas que ocasionam o surgimento da crise, estando os ciclos de prosperidade e recessão interligados.

Concluindo

As ondas schumpeterianas ajudam a entender o funcionamento da economia. Em um primeiro momento, novos empreendedores e imitadores surgem, causando uma inovação na tecnologia presente no mercado. Isso aumenta a taxa de emprego, renda da população, faz crescer o consumo, dentre outras consequências – o chamado período de bonança.

Contudo, diversos empreendimentos ficam antiquados, tendo que se adaptar ou fechar as portas. Isso faz com que aumente o desemprego e consequentemente, a renda, a demanda por bens e serviços e a queda dos juros.

Diante disso, está estabelecida uma crise. Esse cenário faz surgir novas necessidades e novos empreendedores inovando, fazendo o ciclo se iniciar novamente.

A teoria de Schumpeter demonstra que as crises são inevitáveis e fazem parte do processo. Apesar de deixarem a economia em recessão, elas são necessárias para a evolução tecnológica e o surgimento dos momentos de prosperidade.

E você, acredita que a economia se comporta dessa maneira? Aproveite e aumente seus conhecimentos e veja o que é economia de mercado!

 

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