5 Vieses comportamentais que podem afetar a decisão de investimento do seu cliente

Os vieses comportamentais fazem parte do cotidiano de todas as pessoas. Assim, eles são responsáveis por desempenhar papéis em inúmeros processos decisórios dos seus clientes — especialmente no que se refere aos investimentos.

Isso porque os vieses funcionam como atalhos mentais, possibilitando que as pessoas façam escolhas rápidas. No entanto, a rapidez nem sempre é interessante. Muitas vezes, ela impede uma análise assertiva de cenários e, consequentemente, pode levar a decisões equivocadas.

Por isso, é importante saber como contornar essas crenças que seus clientes podem apresentar no processo de escolha. Acompanhe a leitura para conhecer 5 vieses comportamentais!

O que são vieses comportamentais?

O viés comportamental representa uma tendência de comportamento de uma pessoa. Ele toma como base experiências passadas ou informações que ela recebeu e os utiliza para orientar processos decisórios no futuro.

Como você viu, os vieses funcionam como atalhos. Ou seja, ao se deparar com determinado tipo de situação, o cérebro ativa uma reação imediata para tomar uma decisão — sem refletir sobre todo contexto. Assim, as escolhas se tornam enviesadas e irracionais.

Esses vieses são bastante comuns no mercado de investimentos. Muitos clientes que procuram assessorias, por exemplo, comumente apresentam diversas objeções irracionais sobre alternativas do mercado. E essas crenças podem dificultar o processo de análise de oportunidades.

Quais são 5 entre os vieses comportamentais?

Agora que você entendeu o que é um viés comportamental, é importante compreender como eles podem afetar seus clientes.

Conheça os 5 principais!

1.     Viés de ancoragem

O viés de ancoragem acontece quando o cliente utiliza uma experiência ou dado preliminar para tomar suas decisões. Ou seja, em vez de analisar as alternativas, ele opta por se “ancorar” em uma informação — que pode nem ter relação efetiva com o assunto.

Um dos cenários em que isso acontece é com investimentos em renda variável. Muitos clientes, por conhecerem alguém que “perdeu tudo” na bolsa de valores, preferem nem entender o funcionamento dela, por exemplo.

Ademais, um investidor pode se ancorar no preço de determinada ação e se recusar a vendê-la por um preço menor ou a comprá-la por uma cotação mais alta — ainda que as mudanças de preço sejam justificadas por perda de fundamentos da empresa ou movimentações do mercado.

2.     Viés de familiaridade

O viés de familiaridade também pode influenciar nas decisões dos seus clientes. Como o próprio nome sugere, ele serve para representar decisões que são tomadas apenas com base no que uma pessoa já conhece.

Esse viés pode dificultar, por exemplo, o processo de diversificar a carteira de investimentos do investidor. Afinal, quando você apresenta novas alternativas com potencial de trazer resultados positivos, ele pode preferir manter o portfólio como está.

Mas o profissional sabe que a decisão de não mudar a carteira pode ser desvantajosa. Apesar de ser fundamental investir no que se conhece, é interessante ter abertura para novas oportunidades. Então é preciso passar esse conhecimento ao cliente, para que possa diversificar os aportes e diluir eventuais riscos.

3.     Heurística da disponibilidade

Outro viés comum em investidores é a heurística da disponibilidade. Nele, a pessoa se apega às memórias mais fortes ou mais recentes. Por isso, ela passa a crer que esses eventos são mais prováveis de se repetirem.

Assim, o viés causa uma espécie de distorção na lógica do investidor, o levando a acreditar que está tomando uma decisão com base em fatos e na razão. Mas, na verdade, o cérebro estará distorcendo fatos e fazendo uso de uma memória específica para fundamentar a decisão.

Um exemplo de como a heurística da disponibilidade ocorre nos investimentos é quando o investidor é impactado com a notícia da valorização de um ativo X. Então ele opta por comprar esse ativo, acreditando que a valorização continuará acontecendo.

O oposto também é verdadeiro. Isto é, o investidor que acompanha uma eventual crise de um investimento pode acreditar que a possibilidade de ocorrer outra queda é alta. Logo, mesmo sem uma análise profunda, ele pode ter resistência a investir na alternativa.

4.     Aversão à perda

Entre os vieses comportamentais mais comuns entre investidores está a aversão a perdas. Como seu nome adianta, ele serve para representar investidores que, por ter tanto temor a prejuízos, deixam de buscar investimentos que possam trazer melhores rentabilidades.

Muitos estudos no campo da psicologia e economia procuram entender essa relação. Inclusive, as pesquisas demonstram que a dor de uma perda é mais intensa que o prazer de uma vitória. Com isso, muitas pessoas tomam decisões com mais foco em evitar a perda do que aproveitar ganhos.

O fato é que seus clientes com aversão a perdas podem acabar fazendo escolhas irracionais por medo de obterem prejuízos. Além disso, eles também podem ser ganhos limitados por venderem posições ao acreditarem que atingiram um “limite de valorização” e agora o ativo começará a cair.

5.     Excesso de confiança

Por fim, outro viés comportamental que pode afetar as decisões do seu cliente é o excesso de confiança. Ele ocorre principalmente com investidores mais experientes e que já obtiveram resultados positivos. Esse cenário cria a concepção de que a pessoa continuará fazendo movimentações acertadas.

Com isso, é possível que seus clientes façam análises errôneas ou mesmo subestimem riscos. Investidores com excesso de confiança costumam superestimar suas capacidades e não dar a devida importância para projeções ou para a orientação de profissionais.

Como evitar que os vieses comportamentais prejudiquem seus clientes?

Lidar com os vieses comportamentais de clientes nem sempre é uma tarefa fácil. No entanto, você pode contornar essa situação e construir um vínculo profissional para trazer resultados positivos para a sua atuação profissional e para o investidor.

O primeiro passo para isso consiste em criar um ambiente de diálogo aberto com o cliente. É preciso que você desenvolva esse espaço de confiança e demonstre como seu trabalho pode impactar positivamente na carteira do investidor.

Além disso, ao identificar um desses vieses, é possível buscar formas de quebrá-los. Por exemplo, se você percebeu que as decisões do cliente se baseiam em âncoras, pode apresentar fatos e dados concretos que mostrem uma nova visão a ele.

Também vale entender como esses vieses se formaram — e até mesmo explicar para o cliente a existência deles. Compreender como o investidor chegou nesse estágio pode facilitar o seu processo de quebra de objeções.

Ademais, é interessante conduzi-lo durante um planejamento financeiro — ou fornecer as orientações devidas para montar um. Com esse material, ele terá uma base mais sólida para fundamentar suas decisões, o que pode diminuir o número de equívocos.

Como vimos, esses 5 vieses comportamentais podem ser um traço presente no perfil dos seus clientes no mercado financeiro. No entanto, apesar de gerarem um desafio, é possível contorná-los. Por isso, é importante entender o assunto para saber o que fazer nessas situações!

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