Gráfico de burndown: o que é e qual a importância na gestão de projetos?

Se você atua com gestão de projetos, precisa conhecer diferentes metodologias e ferramentas ligadas à área, já que elas podem tornar o seu trabalho mais ágil e eficiente. Nesse contexto, está o gráfico de burndown.

O instrumento ajuda a mensurar e a visualizar o nível de produtividade de colaboradores e equipes em uma empresa. Com a ferramenta, você tem a possibilidade de acompanhar o andamento de um projeto e verificar se ele está dentro do esperado em relação ao cronograma estabelecido.

Quer saber mais sobre o gráfico de burndown, incluindo sua importância e como fazer o seu, na prática? Continue a leitura!

O que é o gráfico de burndown?

O gráfico de burndown serve como uma ferramenta visual útil para o gerenciamento de projetos, em especial, para aqueles que usam métodos ágeis, como o scrum. Esse instrumento representa o progresso de um time em relação ao trabalho que precisa ser feito ao longo de um período.

O principal objetivo desse tipo de gráfico é mostrar de forma clara e objetiva se um projeto está no caminho certo para ser concluído no tempo estipulado. Assim, a ferramenta permite que equipes e gestores avaliem e projetem o cumprimento de prazos.

É válido ressaltar que o gráfico de burndown geralmente é utilizado em ciclos mais curtos de trabalho — chamados de sprints. 

Como funciona o gráfico de burndown?

Após conhecer o conceito de gráfico de burndown, vale a pena entender o seu funcionamento com mais detalhes. Para tanto, saiba que ele é composto por quatro elementos principais: dois eixos e duas linhas. 

O eixo vertical (Y) diz respeito à quantidade de trabalho restante. O horizontal (X) corresponde ao tempo — normalmente dividido em dias —, abrangendo todo o período do projeto ou sprint.

Já as linhas são divididas da seguinte maneira:

  • linha de trabalho ideal: indica o ritmo de progresso desejado, ou seja, a velocidade com a qual o trabalho deve ser realizado para que o projeto seja concluído no prazo;
  • linha de progresso real: representa o trabalho feito ao longo do tempo.

Com a criação do gráfico de burndown e a comparação entre as duas linhas, existe a possibilidade de verificar se as equipes estão adiantadas, seguindo o cronograma ou atrasadas.

Qual é a importância desse gráfico na gestão de projetos?

Agora que você sabe o que é e como funciona o gráfico de burndown, deve entender a sua relevância na gestão de projetos. O principal ponto positivo é que a ferramenta permite comparar a quantidade total de trabalho a ser realizado com o tempo disponível.

Dessa forma, ela possibilita que as equipes visualizem facilmente se progridem conforme o planejado. Com o uso do gráfico, há como monitorar o ritmo do trabalho e ajustar as estratégias se for necessário.

Ao contar com a ferramenta, gestores conseguem identificar potenciais problemas antes de eles se tornarem críticos. Se a linha de progresso real começar a apresentar um contraste grande com a de trabalho ideal, é sinal de que o projeto está atrasado e ações corretivas precisam ser tomadas. 

Assim, o gráfico de burndown permite realizar diferentes ajustes. Por exemplo, a partir dele, você pode alocar mais recursos ou redefinir prioridades para garantir que o projeto seja concluído a tempo.

Além disso, a ferramenta possibilita acompanhar a performance das equipes e verificar se elas conseguem manter um ritmo constante de trabalho. Caso haja variações com picos de produtividade seguidos por quedas, considere fazer uma análise da questão para implementar medidas corretivas.

Por fim, o gráfico de burndown facilita a projeção do cumprimento de prazos. Ao utilizá-lo, existe a possibilidade de determinar se um projeto será concluído conforme o cronograma ou se é preciso fazer ajustes para evitar atrasos. 

Essa previsibilidade é essencial para garantir que um projeto seja entregue com uma alta qualidade e no tempo certo.

Como fazer um gráfico de burndown?

Você já aprendeu os principais pontos a respeito do gráfico de burndown. Agora é o momento de descobrir como fazê-lo. O primeiro passo da tarefa é definir o escopo de trabalho do projeto.

Nessa etapa inicial, liste as atividades que precisam ser feitas e estabeleça o esforço necessário para cada uma delas. Em seguida, determine o tempo disponível para o projeto ser realizado. Se for um sprint de duas semanas, por exemplo, o eixo X do gráfico deve ter um intervalo de 14 dias.

Após essas definições, é hora de montar o gráfico. Você pode utilizar o Excel, o Google Planilhas ou outra ferramenta, como o Jira. A linha de trabalho ideal será uma reta que parte do total de trabalho até zero, ao longo do tempo definido. 

Já a linha de progresso real deve ser ajustada conforme as tarefas forem concluídas, mostrando o ritmo efetivo de trabalho. É importante observar que o gráfico de burndown deve ser atualizado diariamente. Dessa maneira, toda equipe consegue acompanhar o progresso constantemente.

Veja, a seguir, um exemplo prático de gráfico de burndown!

Gráfico de burndown — sprint de 14 dias

Imagine que você tinha um projeto com 50 tarefas para um sprint de 14 dias, e esse foi o desempenho da equipe:

Com base no gráfico, é possível fazer as seguintes análises:

  • nos primeiros dias, o time começou um pouco lento, entregando menos tarefas do que o ideal;
  • no dia 6, a equipe acelerou, concluindo mais tarefas que o ritmo ideal;
  • na metade do sprint, o time se manteve em um bom ritmo, em linha com o esforço ideal;
  • no dia 8, a equipe conseguiu acelerar mais uma vez e depois ficou bem perto do ritmo ideal;
  • já nos últimos dias, o time conseguiu manter uma boa velocidade nas entregas, finalizando as 50 tarefas no prazo.

O exemplo mostra uma performance interessante da equipe. Embora não tenha sido tão ágil no início, ela conseguiu entregar mais tarefas do que o projetado em alguns dias, finalizando o sprint sem atrasos. ​​

Como você viu ao longo deste artigo, o gráfico de burndown é uma ferramenta útil para a gestão de projetos. Ele oferece mais clareza, previsibilidade e controle sobre o andamento de um trabalho. Portanto, avalie a possibilidade de implementá-lo na empresa em que atua.

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