Quais os impactos da LGPD no marketing digital?

A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) foi sancionada em setembro de 2020, e, desde então, traz impactos diretos no marketing digital das empresas. Afinal, modifica as formas com as quais elas lidam com dados.

Uma das mudanças trazidas pela LGPD é a exigência que as empresas solicitem autorização prévia para o uso de dados de usuários. Desse modo, as estratégias de marketing digital podem ser diretamente afetadas.

Por exemplo: anteriormente, bastava o usuário preencher algumas informações para baixar um conteúdo por meio de uma landing page. Agora, é necessário que ele autorize o uso desses dados em campanhas.

Assim, é importante estar a par dos efeitos da LGPD no marketing digital. Sendo assim, confira o conteúdo a seguir para entender mais!

O que é a LGPD e quais os seus princípios?

A Lei Geral de Proteção de Dados trata da coleta, do armazenamento, da proteção e do compartilhamento dos dados que chegam às companhias. Ela é inspirada na General Data Protection Regulation (GDPR), ou, em português, Regulamento Geral de Proteção de Dados.

A GDPR surgiu em 2018 para regular o uso de dados a União Europeia. Contudo, para além de sua proposta, abriu uma discussão de nível mundial sobre a regulação do uso dos dados dos usuários como moeda de troca para o acesso a serviços de marketing digital.

Como consequência, o Brasil adotou a LGPD. Essa atitude impulsionou as empresas a questionar e modificar suas relações com um dos maiores responsáveis por orientar estratégias de marketing: os dados de seus consumidores.

Quais são os impactos da LGPD no marketing digital?

Como vimos, a análise de dados ganhou força nas organizações de todo o país. Em especial, com a transformação digital. Ela levou diversas inovações aos setores de marketing, como o Business Intelligence (BI), a Inteligência Artificial (IA) e a automatização de processos.

Em pouco tempo, as empresas aprenderam que a melhor forma de organizar ativações era por meio da personalização. Com isso, passaram a coletar dados de leads e clientes, de modo a ofertar soluções cada vez mais atraentes.

Contudo, não foram poucos os problemas envolvendo, por exemplo, o vazamento dos dados pessoais dos usuários. Em abril de 2019, 540 milhões de dados de usuários do Facebook foram expostos. Já em 2020, estimou-se que mais de 5 bilhões de senhas foram vazadas, em geral.

Consequentemente, diretrizes de segurança e privacidade passaram a ser questionadas. E, junto a elas, a eficiência de estratégias como a captação de leads, anúncios, Inbound Marketing, entre outros.

Hoje, o impacto da LGPD no marketing digital é claro. É preciso ter responsabilidade, segurança e permissão para usar os dados de qualquer usuário brasileiro ou residente no país. Caso contrário, as companhias estarão sujeitas às multas e sanções previstas na lei.

Como as empresas podem usar os dados?

As organizações ainda podem usar os dados de seus clientes para criar estratégias de marketing personalizadas. Contudo, precisam respeitar alguns fatores.

Confira!

Transparência

Os usuários precisam estar cientes e consentir o uso de seus dados. Por isso, as empresas devem emitir termos que clarifiquem essa intenção. Uma forma comum que já é aplicada é a marcação de caixinhas com os dizeres “concordo com os termos”.

Atenção profissional

Também é obrigatório que as empresas contem com um profissional dedicado ao gerenciamento, tratamento e proteção de dados. Ele terá como função controlar e operar o que acontece dentro das organizações.

Mas, além disso, atuará como ponte entre os titulares dos dados, os profissionais e a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD).

Privacidade

Após a permissão para armazenar dados, as companhias precisarão redobrar a atenção. Em especial, com a divulgação inadequada de qualquer informação pessoal e com os ciberataques. Para isso, deverão reforçar a segurança digital e capacitar, constantemente, suas equipes.

Nessa categoria, é relevante citar os dados sensíveis. Eles são aqueles que podem levar à discriminação de uma pessoa. Os que revelam origens raciais, religiosas ou de convicções políticas são exemplos disso.

Dicas para adaptar o negócio à Lei Geral de Proteção de Dados

Agora que você conhece os impactos da LGPD no marketing digital, é hora de conferir algumas dicas. Elas podem ajudar a manter a empresa em conformidade com a lei.

Saiba quais são elas!

Respeite o usuário

Já falamos sobre a importância de investir em consentimento ao coletar, armazenar, usar e compartilhar dados. Contudo, é igualmente importante respeitar os usuários que não desejem mais ter suas informações usadas por sua empresa.

Por isso, facilite o descadastramento de listas de e-mail marketing e demais conexões com a organização. Isso pode tanto clarificar seu alinhamento com a LGPD para o próprio usuário quanto impedir as multas no negócio.

Tenha atenção aos cookies

Já reparou que os sites da atualidade estão solicitando o consentimento para a presença de cookies? Isso não é por acaso. Os cookies podem ser usados para finalidades diferentes, como monitoramento, mensuração de audiência ou a geração de estatísticas.

Apesar de não ter uma relação direta com os dados pessoais, eles podem gerar fatores de identificação perigosos para as empresas. Isso, caso não haja consentimento para tal. Logo, é importante não deixar espaços abertos para a má-compreensão, solicitando as devidas permissões.

Alie-se à tecnologia

Existem diversos programas e softwares voltados à segurança de dados. Ao usá-los em seu negócio, as chances de lidar com surpresas desagradáveis e que impactam a imagem da empresa se tornam menores.

Sendo assim, a tecnologia pode ser uma aliada na hora de gerenciar os dados e usá-los com responsabilidade ao criar estratégias de marketing digital. Porém, é preciso que todos os colaboradores estejam preparados e treinados no uso dessas inovações.

Conforme visto, os impactos da LGPD no marketing digital culminam da necessidade de mudanças internas nas organizações. Ao adotar as diretrizes da lei e garantir que a equipe de marketing esteja pronta para fazer o mesmo, o negócio pode continuar a criar campanhas eficientes e que atraiam e retenham consumidores.

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