Conhecimento técnico X interpessoal: qual priorizar na contratação de um funcionário?

Encontrar o profissional ideal exige mais do que analisar o currículo ou aplicar testes técnicos. Com o mercado cada vez mais competitivo e dinâmico, as empresas enfrentam um desafio comum: priorizar o conhecimento técnico ou o interpessoal no processo seletivo?

A escolha depende de diversos fatores. Cultura organizacional, momento do negócio e as demandas específicas da vaga são exemplos de elementos que influenciam qual tipo de competência deve ganhar mais peso.

Neste artigo, mostramos como equilibrar habilidades técnicas e comportamentais para tomar decisões mais estratégicas na hora de contratar colaboradores. Confira!

Por que o equilíbrio entre hard e soft skills é cada vez mais valorizado?

O perfil profissional desejado no mercado de trabalho mudou. Por muito tempo, o domínio técnico bastava para aumentar as chances de uma contratação — mesmo que o candidato tivesse dificuldade em se integrar com a equipe ou cooperar com os demais.

O conhecimento técnico diz respeito ao domínio de ferramentas, metodologias e processos específicos da função. Essas são habilidades que normalmente podem ser mensuradas ou avaliadas com provas, testes práticos ou certificações. 

Mas esse cenário mudou. Empresas buscam profissionais adaptáveis, com visão sistêmica e preparados para atuar em ambientes colaborativos. Nesse contexto, as soft skills ganharam protagonismo e passaram a ser tão importantes quanto as hard skills.

As competências interpessoais estão ligadas à forma como o profissional se relaciona com os outros e com o ambiente de trabalho. Comunicação clara, flexibilidade, ética e inteligência emocional são aspectos que não aparecem no currículo — e fazem toda a diferença nas interações diárias.

Com o avanço da tecnologia, muitas tarefas técnicas foram automatizadas, o que aumentou o peso das habilidades humanas. Soft skills como empatia, escuta ativa e pensamento crítico são bons exemplos. 

Como resultado, a exigência do mercado deixou de ser puramente técnica e passou a considerar a capacidade de se relacionar, aprender com os erros e crescer junto do time. É por esse motivo que o equilíbrio entre conhecimento técnico e interpessoal se tornou um diferencial estratégico. 

Profissionais que aliam essas competências atuam com mais autonomia, contribuem para a inovação e fortalecem a cultura da empresa. Além de reduzir a rotatividade, esse perfil colabora para formar equipes mais engajadas e comprometidas com os resultados.

Quais são os diferenciais de cada tipo de conhecimento? 

Não existe uma resposta concreta entre qual tipo de conhecimento ou habilidade é melhor para um profissional. Por exemplo, o conhecimento técnico traz segurança e precisão para funções que exigem domínio específico e execução correta das tarefas. 

Profissionais com sólida base técnica são essenciais em cargos operacionais, especializados ou que demandam alta responsabilidade, como engenharia, tecnologia e finanças. Eles garantem que as atividades sejam realizadas conforme normas, padrões e prazos, minimizando riscos para a empresa.

Já as habilidades interpessoais se destacam em funções que envolvem colaboração, liderança, gestão de equipes e relacionamento com clientes. Elas são fundamentais para integrar times, motivar colegas e promover um ambiente de trabalho saudável.

Como escolher entre conhecimento técnico e interpessoal?

A decisão sobre qual competência priorizar depende de critérios específicos relacionados à vaga, à cultura da empresa e ao momento do negócio.

Saiba como definir o que deve pesar mais no seu processo seletivo!

Entenda as necessidades da vaga

O primeiro ponto de análise para definir o que priorizar em uma contratação está no detalhamento da função. O departamento de recursos humanos (RH) e os gestores precisam entender quais são as principais entregas da vaga e como o profissional terá as interações com o restante da equipe.

Se a vaga exige produção individual, prazos rígidos e conhecimento técnico específico, as hard skills tendem a ser prioritárias. Já funções com alta interação e resolução conjunta de problemas demandam maior foco em soft skills, como comunicação e trabalho em equipe.

Alinhe a escolha à cultura e ao momento da empresa

A cultura da empresa deve ser considerada durante uma contratação. Negócios com ambiente horizontal, inovador e colaborativo podem não prosperar com profissionais mais inflexíveis. Por outro lado, estruturas mais tradicionais tendem a priorizar o domínio técnico e a entrega individual.

Dessa forma, alinhe a contratação às características da empresa, já que a medida ajuda no engajamento e até na retenção de talentos. Afinal, um profissional que compartilha dos mesmos valores da empresa costuma se integrar melhor e contribuir para a evolução da equipe.

Vale ressaltar que entender o momento pelo qual seu negócio passa auxilia a selecionar o melhor candidato. Por exemplo, se você não tem tempo hábil para ensinar aspectos técnicos da função, a sua contratação deve ser mais focada em conhecimento preexistente. 

Avalie por competências

Uma boa prática é adotar a avaliação por competências, que considera tanto habilidades técnicas quanto comportamentais. Entrevistas estruturadas, dinâmicas em grupo, testes práticos e análise situacional contribuem para identificar o que cada candidato pode oferecer.

Além disso, envolver diferentes áreas no processo seletivo, como líderes diretos, possibilita ampliar a visão sobre o perfil ideal. A abordagem permite um olhar mais estratégico da realidade da vaga, ajudando a avaliar o potencial do profissional no contexto diário da empresa.

Invista no desenvolvimento contínuo

Encontrar alguém que atenda a todos os requisitos técnicos e interpessoais pode ser difícil. Por essa razão, muitas empresas optam por contratar o perfil que mais se aproxima do ideal e investir no desenvolvimento das competências que precisam ser aprimoradas.

Profissionais com abertura para o aprendizado, boa comunicação e receptividade ao feedback costumam evoluir com mais rapidez. Para tanto, basta que a empresa ofereça suporte, acompanhamento e um ambiente favorável ao crescimento.

Neste conteúdo, você entendeu a importância de analisar o conhecimento técnico e o interpessoal para realizar uma contratação estratégica. Contudo, considerar apenas as habilidades pode trazer prejuízos para a cultura da empresa. O equilíbrio e investimento contínuo facilitam a adequação dos seus contratados. 

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