Ser o dono do próprio negócio, tirar os planos do papel e crescer profissionalmente. Estes são alguns dos desejos e vontades de praticamente todo empreendedor. Apesar de parecer um mar de rosas, empreender requer muita dedicação. Além de planejamento, foco e disciplina, um bom empreendedor deve ter equilíbrio entre razão e emoção.

Quando o empreendedor está ligado e totalmente focado em seus objetivos, o equilíbrio entre a razão e a moção na tomada de decisões parece sob controle. Mas basta alguma coisa sair da linha programada para o caos surgir.

Neste momento, surgem as decisões tomadas a partir da emoção, que nem sempre são as mais racionais e indicadas. A partir daí, uma grande bola de neve começa a crescer, pois uma decisão errada puxa a outra. No final, o que você tem a frente é um combo de problemas ocasionados, unicamente, pelo descontrole entre a razão e emoção no ambiente de trabalho.

O grande segredo para prevenir tais confusões é um só: trabalhar a sua inteligência emocional! Acompanhe o artigo e compreenda melhor como é importante manter o equilíbrio entre razão e emoção.

Razão e emoção na Psicologia: o que a ciência diz?

Segundo a Psicologia, os seres humanos são razão e emoção. Trata-se de um mix de sensações, percepções, pensamentos e sentimentos. É através destes registros que as atitudes e ações, ao longo da vida, são definidas.

As duas situações, de razão e emoção, são extremamente poderosas a ponto de lhe guiar conscientemente. Apesar de muitas vezes ambas lhe direcionarem para o mesmo objetivo, há momentos em que existe uma discordância.

Neste caso, as discordâncias forçam o cérebro a tomar um partido, que pode resultar em uma escolha bem ou mal feita. Você, enquanto ser, possui duas opções: decidir o caminho através do que sente no momento ou racionalizar as informações e decidir baseando-se em dados concretos – e não em sentimentos.

Você deve estar se perguntando o que todo este conceito tem a ver com o ato de empreender, não é? Acredite, o fracasso ou o sucesso de qualquer empreendedor está relacionado a filosofia do equilíbrio entre razão e emoção. E você precisa dominar esta relação.

Importância da inteligência emocional no empreendedorismo

Você vai abrir um novo negócio, do zero, sem precedentes. No entanto, não sabe se aluga uma sala pequena e modesta ou no prédio comercial mais badalado da cidade.

Num primeiro momento, o fato de estar ao lado de empresas bem sucedidas e já estabelecidas, mesmo que você ainda precise percorrer um longo caminho para chegar neste patamar, atiça seus sentimentos. Você não tem ideia de como serão os primeiros meses da empresa, mas não abre mão de alocar seu sonho no melhor ponto da cidade.

Se você realmente decidir pela sala mais badalada, certamente estará tomando uma decisão baseada na emoção. No fundo, você sabe que essa não seria a escolha correta. Podem haver exceções mas, provavelmente, o lucro inicial – que nem pode ser considerado lucro, ainda – pode não ser o suficiente para arcar com este custo.

Agora, se você escolhesse a sala mais humilde e tangível a sua realidade? Estaria convivendo com uma decisão baseada na razão. Você refletiu, balanceou os prós e contras e definiu pela opção mais adequada para a nova empresa, naquele momento.

Este é um apenas um exemplo de como o equilíbrio entre razão e emoção pode ser um divisor de águas na vida do empreendedor.

4 pilares da inteligência emocional para empreendedores

Manter o equilíbrio entre razão e emoção na tomada de decisão é o ponto de partida para escolhas saudáveis. É interessante destacar que, junto aos empreendedores, a inteligência emocional atua diretamente em 4 pilares estratégicos:

Motivação intrínseca

Diferente do que ocorre enquanto as pessoas são funcionárias CLT (onde muitas vezes é preciso manter-se em uma área não muito atrativa, mas que é necessária para o seu sustento), o empreendedorismo deve ser implementado a partir de áreas interessantes ao empreendedor.

Se você não abre um negócio que realmente lhe represente e lhe agrade, se tornará um empreendedor desmotivado, sem forças para seguir adiante em seu projeto.

Análise mercadológica

O empreendedor precisa ter clareza e inteligência emocional para realizar uma análise de mercado efetiva. Antes de abrir a empresa, é necessário conhecer o mercado, consumidores, concorrentes, produtos e serviços que irá oferecer.

Essa avaliação não deve, em hipótese alguma, ser baseada na emoção. A racionalidade é necessária para enxergar claramente os possíveis riscos e oportunidades.

Controle emocional

Você conhece algum empreendedor que tomou uma decisão considerando sua intuição? Trata-se de um exemplo claro de falta de equilíbrio entre razão e emoção.

Decisões devem ser baseadas em dados e informações concretas, principalmente quando essa escolha pode comprometer os resultados da empresa. Intuição não lhe fornece riscos, vantagens e fatos reais.

Suporte profissional

Outro ponto incrivelmente relevante para o empreendedor é o autocontrole para saber quando é preciso recorrer ao suporte de um profissional. E isso vale para todos os departamentos da empresa, seja ele contábil, financeiro, operacional, dentre outros.

Se você não está conseguindo lidar com a emissão de notas fiscais do seu negócio, não adianta protelar a decisão de contratar um suporte contábil. Você precisar enxergar o caos e buscar suporte especializado.

Por se tratar de uma situação que causa nervosismo, uma vez que são pendências que podem comprometer a sobrevivência da empresa, cabe ao empreendedor prezar pelo equilíbrio entre razão e emoção e tomar a decisão racionalmente. “Não estou dando conta? Preciso contratar um especialista!”

Seguir a filosofia do equilíbrio entre razão e emoção permite que o empreendedor analise o seu negócio com olhos externos, ou seja, deixando a emoção de lado e tomando decisões com base em fatos e dados reais.

Neste cenário, é de extrema importância que você conte com auxílio profissional, cuja função seja esclarecer os riscos em determinadas áreas. Muitas vezes, a opinião externa sobre determinada questão amplia a sua análise e permite considerar novas reflexões.

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