Dentro de um visão simplificada de mercado, pode-se afirmar que toda empresa tem uma missão: vender cada vez mais gastando cada vez menos.
Para dimensionar a relação entre receita e despesas, são feitos diferentes processos, tais como a análise de resultados de venda e a construção de um orçamento empresarial.
Assim como acontece em uma reforma ou no conserto de um carro, antes de dar início às demandas é preciso analisar o volume de gastos, a fim de manter uma coerência financeira, ou seja, se o que está planejado cabe no bolso.
Com as empresas é a mesma coisa, sem a análise orçamentária, a empresa corre o risco de dimensionar suas operações de forma conturbada e, com isso, prejudicar a captação de lucros e até mesmo os recursos disponíveis para manter as operações regulares.
No post de hoje, você vai descobrir quais são os principais erros cometidos pelos gestores na realização do orçamento empresarial. Analise cada um dos tópicos e fique atento para não cometer nenhum dos deslizes listados abaixo.
1. Não reconhecer o valor do orçamento empresarial
Esse é o erro mais básico. O orçamento é fundamental e precisa ser feito com seriedade. Tudo precisa ser coerente com planejamento estratégico e com os resultados colhidos nos últimos balanços.
No momento de executar o orçamento, o mais indicado é reunir os gestores e debater resultados, metas de crescimento e plano de gastos para definir qual será o volume de vendas necessário para gerar a verba envolvida nos planos da empresa e quais indicativos financeiros devem nortear a construção do planejamento.
Um erro aqui pode colocar o trabalho de um ano todo abaixo, portanto, nunca se deve deixar de olhar o orçamento empresarial como pedra fundamental de toda as atividades.
2. Deixar o orçamento para a última hora
O ano chega ao fim, as festividades se aproximam e todo mundo já está pensando nas atividades do ano seguinte. E o orçamento, já está pronto?
Muitas empresas pecam por deixar a execução do orçamento para a última hora. Se estamos falando de planejamento, é preciso ter planejamento para executar o próprio planejamento!
A pressa vai ser inimiga do orçamento bem feito. Portanto, pense no orçamento empresarial como uma construção contínua: uma vez que um foi finalizado, já é hora de preocupar com os planos para o próximo ano.
3. Não abordar todos os objetivos de cada área
Pense a sua empresa como uma pirâmide. No topo estão os executivos, a área estratégica, no meio estão os gerentes, que representam as áreas táticas e na base encontram-se os colaboradores, que constituem o operacional.
Cada parte da pirâmide trabalha de um jeito e possui diferentes necessidades e gastos. No momento de executar o orçamento empresarial, é fundamental definir os objetivos estratégicos, táticos e operacionais da empresa.
Um orçamento completo é o desenho de cenários que apontam estimativas de recebimentos e gastos da empresa, com isso, é possível compreender para onde irão os investimentos, de onde o dinheiro vem e como a empresa se movimenta no mercado.
Sem a contemplação das três áreas, a tendência é gerar um orçamento pobre em informações e que não determina com precisão o cenário enfrentado pela instituição.
4. Focar no formato e não no conteúdo
Já passou pela situação de se deparar com planilhas super produzidas e apresentações de slides que parecem um show, mas que não dizem muita coisa? Acredite, esse é um erro bem comum na produção orçamentária.
É claro que uma das missões de qualquer empresa é desenvolver informações que sejam táteis para análise e compreensão de forma simples, contudo, o formato não é o essencial.
A riqueza do orçamento empresarial está nos seus dados, não na sua apresentação. Certifique-se de que todas as informações necessárias estão contempladas no documento e que a análise de cenário foi bem executada.
Feito isso, aí sim há espaço para pensar nas melhores formas de apresentar os dados e informações essenciais.
5. Não executar simulações
Pense bem: o orçamento da empresa é um guia pensado para definir as operações, mas o futuro não está sob seu controle. Isso significa que o cenário pensado no orçamento pode não se concretizar durante a execução.
Para evitar esse tipo de erro, é essencial realizar simulações, ou seja, pensar em cenários otimistas e pessimistas para determinar uma espécie de “meio termo”, algo mais condizente com a realidade.
Depositar grandes expectativas (ou grande pessimismo) sobre o planejamento orçamentário é um erro comum que deve ser evitado a qualquer custo. Pense de forma menos linear e abra a perspectiva para contemplar diferentes situações que a empresa pode enfrentar.
6. Pecar na execução das metas
Já que falamos sobre diferentes cenários e hipóteses que devem ser incluídos na construção de um orçamento empresarial de qualidade, não se deve esquecer de avaliar as metas.
Construir metas fora do alcance ou subdimensionadas compromete a execução do orçamento, além disso, há as chances de uma grande pressão ser depositada sobre os colaboradores de forma inadequada.
A definição das metas não passa por uma filosofia simplista de “fazer melhor do que no ano passado”. É preciso avaliar o que a empresa tem à sua disposição e quais serão os caminhos escolhidos para fazer melhor do que nos anos anteriores.
Fique atento às construções de objetivos e nunca deixe de avaliar a coerência entre as metas e as operações empresariais.
Ao seguir essas dicas, o planejamento orçamentário de sua empresa ganhará precisão e transparência. O mercado está exigente e competitivo, portanto, não há espaço para deslizes estratégicos.
A mentalidade adotada para a construção do orçamento deve ser a de trabalho contínuo e que envolve muita análise e reflexão.
Como sua empresa lida com o orçamento? Quais são os processos adotados para construir a base de dados utilizada na construção desse importante estudo interno? Deixe um comentário e compartilhe suas experiências!