Muitas empresas estão acostumadas com a formação hierárquica, em que há um líder e colaboradores bem definidos. Nesse formato, os profissionais sabem a quem responder e qual é o papel de cada um.
Apesar de ser um tipo bastante tradicional, o mercado passa por transformações e considera outros modelos. Um deles é a holocracia, termo ainda pouco conhecido no ambiente empresarial. Assim, vale a pena entender como ele funciona e quais são as vantagens para as empresas.
Neste post, vamos explicar o conceito de holocracia e em quais modelos de negócio ele pode ser interessante. Acompanhe!
O que é e como funciona a holocracia?
A holocracia é um sistema de administração que tem o objetivo de substituir a estrutura hierárquica tradicional por um modelo de distribuição de autoridade. Desenvolvido por Brian Robertson, essa estratégia torna a tomada de decisão mais ágil nas empresas.
O princípio da holocracia é que uma companhia deve ser estruturada para aprender e responder rapidamente por meio do fluxo eficiente de informações. Características como organização em rede, aprendizado em ciclos rápidos e incentivo à experimentação são fundamentais nesse contexto.
Além disso, a holocracia promove uma abordagem de autogestão. Em vez de cargos ocupados, cada funcionário é responsável por uma função específica — e todos são líderes diretos em suas áreas.
Assim, as equipes são organizadas em torno de objetivos específicos e a comunicação é facilitada por meio de reuniões regulares. Os principais tópicos que tornam a holocracia eficaz são:
- trabalho orientado por objetivos;
- distribuição de autoridade;
- reuniões efetivas;
- organização enxuta e de fácil adaptação.
É importante ressaltar que a ausência de uma estrutura hierárquica tradicional na holocracia não resulta em desordem. Isso porque o modelo exige um processo próprio e bem estruturado, alinhado à identidade da empresa.
Quais são as vantagens da holocracia para as empresas?
Agora que você já entende como funciona a holocracia, na prática, é importante conhecer as vantagens desse modelo para as organizações. Confira!
Aumento da criatividade e inovação
A holocracia é capaz de estimular a criatividade e a inovação, sendo eficaz em ambientes de trabalho modernos, como startups. A ausência de estruturas burocráticas permite que os profissionais tenham mais liberdade para explorar ideias inovadoras e aprender de maneira contínua.
Agilidade na gestão de tempo
Sem uma estrutura hierárquica tradicional, a holocracia favorece a agilidade nas operações. Nesse sentido, a autonomia para tomar decisões facilita o fluxo de trabalho. Isso contribui para a gestão eficaz do tempo e para entregas rápidas e eficientes de produtos e serviços.
Aumento da colaboração
A holocracia também promove a colaboração constante, resultando em um espírito de equipe mais forte. A realização de funções de maneira colaborativa contribui para a geração de soluções criativas, melhorando a dinâmica do trabalho em grupo.
Maior flexibilidade
Com foco nas tarefas entregues, a holocracia facilita a adoção de modalidades de trabalho alternativas, como o formato híbrido ou remoto. Isso oferece flexibilidade aos profissionais, promovendo um equilíbrio entre vida pessoal e profissional.
Retenção de talentos e desenvolvimento profissional
Além de proporcionar mais flexibilidade, a holocracia oferece maior liberdade de decisão no ambiente de trabalho, o que pode contribuir para a retenção de talentos. A autonomia e a responsabilidade individual incentivam o desenvolvimento profissional, pois os funcionários se sentem mais valorizados e engajados.
Maior senso de responsabilidade
A distribuição de autoridade na holocracia resulta em um maior senso de responsabilidade individual. Nesse caso, os profissionais se tornam mais responsáveis por seus projetos e funções, em comparação com a hierarquia tradicional.
Nesse último modelo, muitas vezes a responsabilidade é distribuída entre os diferentes níveis hierárquicos.
Maior engajamento dos profissionais
A cultura de liberdade e responsabilidade na holocracia aumenta o engajamento dos profissionais. Logo, eles se sentem motivados a inovar, tomar decisões e contribuir ativamente para o sucesso da empresa.
Esse processo é o contrário dos modelos convencionais, em que muitos profissionais se sentem limitados às tarefas designadas.
Quais são as desvantagens desse modelo?
Apesar de a holocracia contribuir para o aumento da colaboração e um maior engajamento da equipe, esse modelo também apresenta algumas desvantagens. De modo geral, ele demanda um nível elevado de maturidade organizacional.
Então é essencial que a empresa e os colaboradores estejam preparados para lidar com a autonomia, a responsabilidade individual e a tomada de decisões descentralizadas. Essa maturidade ajudará a assegurar a eficácia e a harmonia dentro da nova estrutura.
Além disso, uma das principais desvantagens desse modelo é a dificuldade de implementá-lo em grandes corporações. Isso acontece por conta da resistência à mudança enraizada em culturas organizacionais mais tradicionais.
Assim, a transição de uma estrutura hierárquica clássica, com chefes e subordinados, para a holocracia, pode ser desafiadora. Nesse sentido, muitos colaboradores podem ter dificuldade em compreender e apoiar esse novo sistema.
Por fim, o sucesso da holocracia depende do comprometimento de todos os profissionais envolvidos. O entendimento do funcionamento desse modelo e a sua aplicação prática exigem esforço e engajamento por parte dos colaboradores.
Portanto, o comprometimento é fundamental para superar possíveis resistências à mudança e garantir a adesão de todos ao novo sistema de gestão de pessoas.
Em quais tipos de empresa a holocracia pode ser interessante?
Após conhecer as vantagens e desvantagens da holocracia, chegou o momento de saber em quais tipos de empresa esse modelo pode ser uma alternativa. Ele se destaca principalmente em companhias de pequeno e médio porte.
Contudo, isso não significa que grandes corporações não possam adotar essa modalidade, mas a transição para a holocracia exige um alto nível de maturidade. Uma dica é compreender o perfil do quadro de funcionários e a disposição deles para essa mudança.
Em setores tradicionais, como a indústria farmacêutica e a construção civil, por exemplo, a holocracia pode enfrentar maior resistência por conta das estruturas organizacionais mais consolidadas. Logo, a decisão de adotar esse modelo deve considerar a natureza dinâmica do negócio, o tamanho da empresa e a disposição dos colaboradores.
Neste conteúdo, você entendeu o que é a holocracia, como esse modelo funciona e quais são as suas vantagens para as empresas. Antes de implementá-lo no seu negócio, lembre-se de compreender quais são os desafios e de se questionar se a autonomia é uma característica que a equipe está acostumada.
Gostou do post? Você conhecia a holocracia e tem vontade de implementá-la na empresa? Deixe um comentário e conte a sua experiência!