5 Desafios do empreendedorismo feminino para superar

A quantidade de mulheres que se tornam donas dos seus próprios negócios vem aumentando no Brasil. Entretanto, o empreendedorismo feminino ainda tem muitos desafios para superar na nossa sociedade.

O simples fato de administrar uma empresa já é bastante complexo em qualquer caso. Mas, para mulheres empresárias, o contexto costuma ser ainda mais complicado. Afinal, algumas dificuldades se potencializam quando falamos do público feminino.

Isso não significa que elas devam desistir dos seus planos de obter sucesso empreendendo. Pelo contrário! Confira este conteúdo para conhecer 5 desafios e ver formas de superá-los!

1. Lidar com a jornada múltipla

Não é nenhum segredo que, mesmo se inserindo no mercado de trabalho, as mulheres continuam sendo as principais responsáveis pelas tarefas domésticas. Com isso, elas acumulam jornadas triplas ou múltiplas.

Ou seja, realizam atividades profissionais fora de casa e fazem também a maior parte dos cuidados com o lar e a família. Apesar de ser possível notar algumas mudanças em relação a essa realidade, pesquisas têm demonstrado que a desigualdade de gênero ainda é muito forte.

Por exemplo, um estudo espanhol mostrou que 87% das participantes femininas são as maiores responsáveis por atividades domésticas. Além disso, 63% das mulheres afirmaram sempre estar pensando no que precisa ser feito em casa — enquanto somente 25% dos homens declararam a mesma coisa.

Sem dúvida, essa divergência causa impactos na vida profissional. Afinal, pessoas que enfrentam jornadas múltiplas se sentirão mais cansadas e terão mais dificuldade para organizar tantas tarefas. E isso se torna mais evidente quando afeta a rotina de uma empreendedora.

O que pode ser feito para superar esse desafio? Um dos enfrentamentos mais importantes é dividir as responsabilidades familiares com o(a) companheiro(a) ou rede de apoio. Dessa forma, é possível evitar sobrecargas. Além disso, também vale a pena construir parcerias que ajudem a manter o negócio funcionando bem.

2. Romper barreiras de preconceito

Nossa sociedade passou décadas tendo apenas homens atuando no mercado de trabalho. Mesmo depois da inserção de mulheres em funções fora de casa, os profissionais do gênero masculino continuaram sendo os únicos a ocupar cargos de gerência.

É importante saber disso e reconhecer que esse histórico deixa diversas marcas que são sentidas por mulheres ainda hoje — especialmente quando elas estão em funções de destaque. Infelizmente, continua sendo comum que as profissionais esbarrem com formas de preconceito.

São casos de mulheres que se sentem assediadas no contexto de trabalho ou que não conseguem ter suas ideias reconhecidas por colegas ou chefes masculinos, por exemplo. Situações semelhantes acontecem com aquelas que se dedicam ao empreendedorismo.

Assim, lidar com o desafio do preconceito é algo muito presente na rotina de empresárias. Pode ser bem difícil fechar contratos vantajosos, negociar com fornecedores e contar com o respeito de parceiros comerciais ou até mesmo de clientes.

Uma das maneiras de superar esse desafio é encará-lo de frente e não deixar que o preconceito afete a autoestima da empreendedora e a saúde do negócio. Outra estratégia muito interessante é fazer parcerias com outras empresárias, de modo a fortalecer discussões sobre esse tema.

3. Ter acesso ao crédito

Você sabia que esse contexto de preconceito de gênero afeta até mesmo as oportunidades de acesso ao crédito? Isso significa que mulheres empresárias têm mais dificuldade de conseguir empréstimos bancários do que homens.

Além disso, quando elas conseguem ter acesso ao crédito, geralmente precisam pagar maiores taxas de juros. O que explicaria essa divergência? Não é o risco de calote, pois dados de pesquisas do Sebrae mostram que homens são mais inadimplentes que mulheres.

Talvez, ainda haja no mercado a ideia de que o empreendedorismo feminino não é tão sólido quanto o masculino. Contudo, o aumento da quantidade de empresárias no mercado está fazendo esse conceito perder cada vez mais o sentido.

Para superar a dificuldade em ter acesso ao crédito, é fundamental continuar questionando esse fator. Também vale a dica que demos no tópico anterior: as empreendedoras devem estar autoconfiantes sobre sua empresa e mostrar segurança ao negociar com as instituições financeiras.

4. Saber gerenciar o negócio

Uma das maiores dificuldades entre empreendedores — tanto homens quanto mulheres — é se adaptar ao fato de que precisam realizar atividades de gerência. Ao empreender, muitas pessoas percebem que não basta saber fazer o trabalho técnico.

É preciso, mais do que isso, aprender sobre marketing, gestão de pessoal, finanças, etc. Mesmo profissionais que tinham muito sucesso em sua carreira como funcionários podem se ver perdidos diante desses desafios.

Vamos pensar no exemplo de alguém que trabalha com tecnologia e sempre teve ótimos resultados em seus projetos, recebendo feedbacks muito positivos de líderes e clientes. Isso significa que a pessoa tem muita capacidade técnica, mas não há garantias de que ela conseguiria gerir sua própria empresa com facilidade.

Não é fácil desenvolver as habilidades específicas para tocar um negócio. Inclusive, essa dificuldade influencia uma péssima estatística: 60% das empresas brasileiras fecham as portas nos primeiros 5 anos!

Como superar esse desafio? Reconhecendo que o problema não é apenas individual. Ou seja, não está relacionado à inabilidade de determinada empreendedora. Além disso, há um caminho indispensável: investir em capacitação. As competências gerenciais podem — e devem — ser aprendidas.

5. Falta de apoio

A falta de apoio para abrir e gerenciar um negócio é um desafio frequente no empreendedorismo feminino. Essa ausência de suporte pode vir desde a própria família até o mercado de maneira geral. De fato, é mais difícil uma empresa feminina sobreviver.

Muitas vezes, as gestoras podem enfrentar resistência até mesmo de um colaborador homem que não aceita a autoridade de uma mulher. Esse fenômeno também tem a ver com o preconceito que tratamos em outro tópico.

Mas como superar a falta de apoio? Não se pode negar que se trata de um aspecto muito difícil de ser resolvido apenas com iniciativas individuais. A ótima notícia é que há uma rede de suporte às mulheres empresárias se construindo nos últimos anos.

Por exemplo, 2019 foi o primeiro ano em que o Sebrae-SP incluiu um espaço totalmente dedicado ao empreendedorismo feminino na edição da Feira do Empreendedor. Além disso, diversas mulheres empreendedoras estão se organizando em grupos para fortalecimento mútuo.

Sem dúvidas, novos ventos estão soprando para esse setor no Brasil e no mundo. Esse é o movimento natural da história: a sociedade muda, se tornando mais dinâmica e rica. Com isso, o empreendedorismo feminino só tem a crescer!

E então, você sabe de mais algum desafio ou tem outras dicas para superar as dificuldades que citamos? Deixe um comentário neste post!

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